quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A minha São Paulo


A minha São Paulo é muita luz
Num pano de fundo muito negro
Atiça contrastes e provoca desastres

É muito som
Muito barulho
Por nada

É muita gente
Pedindo socorro
Sozinha, perdida
No meio de tudo

Me angustia
Me alivia
Me vicia

Me convém
Me mantém
Me detém

Como ninguém

A minha São Paulo é minha só
Mas não é só minha
É só, meu

É a pergunta que não quer calar
Embora parte da resposta se ofereça
Em uma sua mesa de bar

E lá incita poesias
Produz cenografias
Altas filosofias

Me fascina
Me conduz
Ao desencontro de mim mesma

E no desencanto de mim mesma
Vislumbro novas formas de vida
Espectrais

Mostrando que a vida é isso
Cada um que corra atrás do seu lugar ao sol

Mesmo que ele esteja escondido
Atrás de um monte de concreto

2 comentários:

  1. Além de cronicas.....poesia!
    Muito bacana,prossiga. Sem vergonha,viu?
    Irene

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  2. Oi mãe!
    Pois é, adoro escrever poesia. A gente reluta mais pra mostrar pros outros poesia do que prosa, mas tem certas coisas que só podem ser expessas em verso... Poeticamente. Então, tô tentando deixar a vergonha de lado.
    Muito obrigada pela força! Obrigada a todos que estão me mandando essas mensagens tão estimulantes. Bom demais. Obrigada!

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